A noção de estética, formulada e desenvolvida nos séculos XVIII e XIX, pressupunha:
1. Que a arte é produto da
sensibilidade, da imaginação e da inspiração do artista e que sua finalidade é
a contemplação;
2. Que a contemplação, do
lado do artista, é a busca do belo (e não do útil, nem do agradável ou
prazeroso) e, do lado do público, é a avaliação ou o julgamento do valor de
beleza atingido pela obra;
3. Que o belo é diferente do verdadeiro.
De fato, o verdadeiro é o
que é conhecido pelo intelecto por meio de demonstrações e provas. O belo, ao
contrário, tem a peculiaridade de possuir um valor universal, embora a obra de
arte seja essencialmente particular, ou seja, não dá pra comparar com outra.
Quando leio um poema, escuto uma música ou observo um quadro, posso dizer que
são belos ou que ali está a beleza, embora esteja diante de algo único e
incomparável.
Leve
– Zeppa / Jorge Vercilo
Levitar dos colibris
Graciosamente breve
Como pode tão feliz?
Censurar, ninguém se atreve
Não precisam inventar
Qualquer coisa que me eleve,
Basta teu sorriso pra dispensar
Asa-delta e ultraleve
Se carece de definição: me sinto leve
Céu azul na bolha de sabão que o vento leve
Como folha, o coração
Ao te refletir, um espelho em si
Vira quadro, vira arte
Salvador Dali não ousou imaginar-te
E eu me sinto flutuar,
Maravilha que me elege
Feito pipa pelo ar, mar azul na areia bege
Como brisa a me beijar
Teu carinho me protege
Me abraça, me derrete ao brincar
Como o mar no iceberg
Com você não tem explicação
Me sinto leve
Céu azul na bolha de sabão
E o vento rege como folha, o coração
Ao te refletir, um espelho em si
Vira quadro, vira arte
Salvador Dali não ousou jamais imaginar-te.
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