terça-feira, 25 de maio de 2021

A ARTE BIZANTINA

 

A Arte Bizantina é uma arte cristã que surge no período em que o Cristianismo passa a ser reconhecido como religião.

Jesus, considerado uma ameaça para o Império Romano, foi perseguido e morto pelos romanos. Após sua morte, seus adeptos se escondiam em catacumbas para rezar, pois continuaram sendo perseguidos.

Até que em 313 o imperador Constantino outorgou o Édito de Milão, que proibia a perseguição aos cristãos e, então, o Cristianismo começa a crescer. Surgem assim, as igrejas cristãs e um novo estilo de arte, a Arte Bizantina.

 

Arte Paleocristã e Arte Bizantina

A Arte Bizantina se contextualiza na Arte Paleocristã, que tem origem nas expressões artísticas dos convertidos na fé em Jesus Cristo. Eram manifestações feitas especialmente através das pinturas nas catacumbas e nos sepulcros.

A Arte Bizantina, por sua vez, surge após a aceitação do Cristianismo e, assim, revela a exuberância de uma arte que pretende ser vista, divulgada e que tinha como propósito instruir os devotos, neles incutindo a devoção ao Cristianismo.

Desse modo, a Arte Bizantina pode ser considerada o primeiro estilo de arte cristã.

 

Características e Manifestações da Arte Bizantina

Em decorrência do período histórico, a Arte Bizantina expressa especialmente o caráter religioso.

Além disso, o imperador era uma figura de referência sagrada uma vez que desempenhava o seu papel de governante em nome de Deus, tal como era propagado na época.

Assim, muitas vezes se encontra mosaicos que retratavam o imperador e sua esposa entre Jesus e Maria.

 

Os artistas da época não tinham liberdade para se expressar, não podiam usar sua criatividade; deviam apenas cumprir com a elaboração da obra, tal como lhes era solicitado.

Podemos, dessa forma, destacar as seguintes características da arte bizantina:

 

- Caráter majestoso que demonstra poder e riqueza;

- Ligação direta com a religião católica;

- Demonstração clara da autoridade do imperador - ao considerá-lo sagrado;

- Frontalidade - representação das figuras em posição frontal e rígida;

- Deste modo, Constantinopla viu muitos dos seus artistas migrarem para o Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma.

 

Arquitetura Bizantina

O imperador mandou construir igrejas onde os convertidos pudessem se reunir para rezar.

A arquitetura se destaca como expressão artística desse período pela construção de grandes e ricas igrejas, na verdade basílicas, dada a sua amplitude e riqueza expressa no revestimento de ouro e decoração com mosaicos.

 

Os exemplos mais conhecidos de arquitetura da Arte Bizantina são:

- As Basílicas de Santo Apolinário e São Vital, em Ravena;

- A Igreja de Santa Sofia, em Istambul - obra da autoria do matemático Antêmio de Tralles e de Isidoro de Mileto, cuja construção foi feita entre os anos 532 e 537;

- A Basílica da Natividade, em Belém - construção ordenada pela mãe do imperador Constantino na cidade onde Jesus nasceu. Foi construída entre os anos 327 e 333 e incendiada cerca de dois séculos depois.

 

Pintura Bizantina

A predominância dos temas religiosos dá destaque às pinturas feitas nas igrejas.

Nessa época foi criado o ícone, uma vertente da pintura bizantina. Ícone em grego significa imagem e nesse contexto representavam personagens religiosas como a Virgem e Cristo, além de santos.

Uma das técnicas bastante utilizadas pelos pintores bizantinos foi a têmpera, que consiste em preparar os pigmentos junto a uma goma feita de material orgânico (como a gema de ovo) a fim de fixar melhor as cores à superfície.

Os ícones eram encontrados sobretudo nas igrejas, entretanto era possível também encontrá-los nos ambientes familiares, em oratórios.

Foi na Rússia que essa expressão teve maior reconhecimento, principalmente na região de Novgorod. Foi lá que viveu o renomado artista André Rublev, no início do século XV.

 

Iconoclastia e Arte Bizantina

A pintura, todavia, não foi muito além do contexto religioso, uma vez que no Império Bizantino surgiu um movimento chamado de iconoclastia.

Segundos os iconoclastas, figuras humanas não podiam ser adoradas, pois a adoração cabia apenas a Deus. De acordo com a prática monoteísta a veneração dos santos consistia no pecado da idolatria.

Assim, para acabar com o culto a figuras humanas, o imperador proibiu a reprodução de toda representação humana, ordenando, inclusive, a destruição das obras artísticas que existissem nessas condições.

 

Mosaico Bizantino

Os mosaicos foram bastante destacados no período e constituem a expressão máxima da arte bizantina, atingindo nesse momento a mais impecável realização.

Entre outras coisas, eles retratavam o imperador, bem como profetas. Eram aplicados no interior das igrejas e exibiam cores intensas e materiais nobres que refletiam a luz, concedendo suntuosidade aos templos.

Eram criados a partir de pequenos pedaços de pedras em cores distintas, colocados sobre cimento fresco em uma parede e que compunham, assim, um desenho.

 

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ICONOCLASTA é uma palavra de origem grega; o sufixo –CLASTA significa DESTRUIDOR. Portanto, DESTRUIDOR DE ÍCONE.

BIZÂNCIO é a atual ISTAMBUL, na Turquia. Durante a Antiguidade e a Idade Média se chamava CONSTANTINOPLA (cidade de Constantino).

segunda-feira, 24 de maio de 2021

O FUTURISMO E O DADAÍSMO

 

O Futurismo é um dos movimentos artísticos de vanguarda ocorridos na Europa do início do século XX. Ele surgiu em 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, de Filippo Tommaso Marinetti, em um contexto de tensão política entre as grandes potências que antecedeu a Primeira Guerra Mundial e de uma evidente evolução tecnocientífica. Assim, o movimento é conhecido pelo seu radicalismo ao propor a “destruição do passado”.

São características do futurismo o anti-tradicionalismo e o culto à guerra e à velocidade, principalmente. Esse movimento, na Europa, foi representado por artistas como os pintores Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Giacomo Balla, Gino Severini e Luigi Russolo. No Brasil, ele foi responsável pelo surgimento do modernismo, que assimilou o seu anti-tradicionalismo, com vistas à criação de uma arte nova e libertária.

 

Contexto histórico e origem do futurismo

O escritor Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944) cultuava a violência e a guerra, devido ao seu patriotismo extremista. A partir de 1919, quando se filiou ao Partido Nacional Fascista, passou a usar o movimento como propaganda do fascismo.

Assim como os outros movimentos de vanguarda, o Futurismo surgiu em uma época de tensão política entre as superpotências mundiais — o que levou à Primeira Guerra Mundial — e de grande desenvolvimento tecnológico nas áreas de comunicação e transporte, o que permitiu a diminuição das distâncias e, portanto, favoreceu a velocidade nas comunicações. Desse modo, esses dois fatores — tecnologia e velocidade — foram influências essenciais no futurismo, mais do que em outros movimentos de vanguarda.

Além disso, o advento da Primeira Guerra Mundial mostrou que o Futurismo estava em consonância com o seu tempo, pois, já no primeiro manifesto, o culto à guerra e à violência estava evidente. Dessa maneira, a estética futurista, desde a sua fundação, mostrou ser um dos movimentos de vanguarda mais radicais, dada a sua agressividade, que parecia extrapolar os limites estéticos.


Características do futurismo

Anti-tradicionalismo: liberdade de criação, sem as amarras da arte acadêmica;

 Defesa da “higiene mental”: eliminar a “sujeira”, isto é, o pensamento tradicional;

Renovação: para construir algo novo é preciso destruir o que já existe;

Perspectiva otimista, inspirada pela evolução tecnológica, em relação ao futuro da humanidade;

Valorização do heroico, grandioso e dinâmico;

Culto à guerra e à violência;

Iconoclastia: contrário a símbolos, convenções e tradições;

Exaltação das máquinas: automóveis e aviões;

Culto à velocidade e à tecnologia.

 

Futurismo no Brasil

A importância do Futurismo para a arte brasileira está na sua perspectiva radical de quebra com a tradição e consequente valorização da liberdade de criação, base do modernismo brasileiro. Portanto, esse movimento de vanguarda de origem europeia foi a principal influência para a criação do nosso Modernismo. No entanto, não houve, no Brasil, uma estética futurista, isto é, pinturas, esculturas ou textos literários com características definidoras desse movimento.

Mário de Andrade (1893-1945) foi o responsável pela adoção do termo “modernismo” para definir a nova estética que estava sendo construída no país. Até então, os artistas de vanguarda brasileiros estavam sendo chamados de “futuristas”. Mas a importação desse termo não condizia com a visão nacionalista dos modernistas brasileiros, que buscavam definir uma identidade nacional. Apesar disso, a imprensa do país, naquele momento, parecia não entender a diferença entre modernismo e futurismo, e tratava os dois movimentos como uma coisa só, tamanha era a força dessa influência.

No entanto, entre os artistas modernistas brasileiros da década de 1920, houve grande preocupação em rejeitar qualquer vínculo direto com a estética futurista, o que muito tem a ver com uma postura ideológica de oposição ao fascismo que Marinetti representava. Assim, com exceções como Graça Aranha (1868-1931), Ronald de Carvalho (1893-1935) e Manuel Bandeira (1886-1968), que recepcionaram Marinetti em sua primeira palestra no Brasil em 1926, outros modernistas preferiram manter distanciamento do criador do futurismo.

Essa origem futurista do movimento modernista no Brasil, contudo, não pode ser negada e se deve, também, ao contexto histórico em que estava inserida a cidade de São Paulo, berço do modernismo brasileiro, no início do século XX. A cidade era uma metrópole em ascensão, em processo de modernização, industrialização e urbanização. Nada mais natural que a estética futurista, que valorizava a tecnologia e a mecanização, conquistasse a simpatia dos artistas da época.

Em conclusão, a estética futurista não teve representatividade nas artes visuais brasileiras. Na literatura, sua influência principal está na estrutura do texto, construído a partir da liberdade formal. Assim, todos os autores dos textos modernistas da primeira geração trazem em suas obras essa perspectiva libertária do futurismo, como bem ilustra o poema “Poética”, do livro Libertinagem (1930), de Manuel Bandeira, que defende essa liberdade em seu conteúdo e a demonstra em sua estrutura, construída com versos livres (sem métrica e sem rima):

 

Poética

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem-comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor

[...]

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos

O lirismo dos clowns de Shakespeare

— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

 

O DADAÍSMO

Dadaísmo foi um dos movimentos de vanguarda do início do século XX. Seu nome é derivado da palavra dadá, que pode ter múltiplos significados e não significar coisa alguma. Surgiu em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, como um movimento de contestação aos valores culturais. Contrário à racionalidade e à arte acadêmica, privilegiou o nonsense (ausência de significado) e defendeu a arte espontânea.

 

Contexto histórico do Dadaísmo

No início do século XX, havia um clima de tensão entre as grandes potências europeias, gerado pela política de expansão neocolonialista iniciada no século anterior. O sentimento de nacionalismo, desenvolvido durante o século XIX, era usado agora para alimentar, em cada nação, a crença em sua superioridade em relação a qualquer outra.

Como consequência de tal rivalidade, além de acordos entre nações, a corrida armamentista intensificou-se. Os países precisavam garantir seu poderio, fosse com acordos entre si, fosse com acúmulo de material bélico, para o caso de ocorrer algum conflito armado, o que aconteceu em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, que só teve fim em 1918.

No entanto, ao lado da tensão política, havia também certa euforia em relação às inovações tecnológicas que estavam evidentes no início daquele século, como o telefone, o telégrafo sem fio, o aparelho de raio-x, o automóvel, o avião, o cinema. O século que se iniciava mostrava o predomínio da tecnologia e, com ela, da velocidade.

Nesse contexto, alguns artistas, diante da matança que estava em curso durante a Primeira Guerra Mundial, mostravam-se descrentes da civilização e do propalado progresso social de início do século, que contrastava com o conflito armado. Esses artistas, munidos de um espírito anárquico e questionador, criaram então um movimento de vanguarda, o dadaísmo.

 

Origem do Dadaísmo

As vanguardas europeias foram movimentos artísticos ocorridos no início do século XX, na Europa, cada um com características específicas, mas com algo em comum: a quebra com os valores da arte tradicional. O Dadaísmo foi um desses movimentos. Seu principal idealizador foi o poeta romeno Tristan Tzara (1896-1963).

O movimento surgiu, oficialmente, em Zurique, no dia 14 de julho de 1916, com seu primeiro manifesto, assinado pelo escritor alemão Hugo Ball (1886-1927), com esta introdução:

“Dadá é uma nova tendência da arte. Percebe-se que o é porque, sendo até agora desconhecido, amanhã toda a Zurique vai falar dele”.

Segundo o manifesto, o significado da palavra dadá, em francês, é “cavalo de pau”; em alemão, “Não me chateies, faz favor, adeus, até a próxima!”; em romeno, “Certamente, claro, tem toda a razão, assim é. Sim, senhor, realmente. Já tratamos disso”. Nessas definições, já se pode perceber que o movimento era pautado pela ironia. No final das contas, a palavra dadá, para os dadaístas, não tem nenhum significado ou tem todos os significados.

Nessa definição, ou indefinição da palavra dadá, que dá nome ao movimento, é possível perceber a essência dessa vanguarda, fundada na falta de sentido:

“Apenas uma palavra e uma palavra como movimento. [...]. Ao fazer dela uma tendência da arte, é claro que vamos arranjar complicações. Psicologia Dadá, literatura Dadá, burguesia Dadá e vós, excelentíssimo poeta, que sempre poetastes com palavras, mas nunca a palavra propriamente dita. Guerra mundial Dadá que nunca mais acaba, revolução Dadá que nunca mais começa.”

 

Características do Dadaísmo

Basicamente, o Dadaísmo foi um movimento de oposição radical. Assim, foi contra a organização, a lógica, os valores estéticos tradicionais e, também, dos seus contemporâneos. Por isso, é considerado anárquico e provocador. Foi irreverente e experimental, valorizou a improvisação, além de ter feito crítica ao capitalismo e ao consumismo. Defendeu, portanto, uma arte espontânea, com base no nonsense, isto é, na falta total de sentido. Dessa forma, assumiu um caráter caótico e absurdo.

Essa espontaneidade artística, contrária aos padrões estéticos acadêmicos, é ilustrada na famosa “receita dadaísta”, de Tristan Tzara:

 

Pegue um jornal.

Pegue a tesoura.

Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.

 Recorte o artigo.

Recorte em seguida, com atenção, algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.

Agite suavemente.

Tire em seguida cada pedaço um após o outro.

Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.

O poema se parecerá com você.

E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

 

O Dadaísmo também é associado a duas técnicas artísticas:

 

 Colagem: técnica em que pedaços de diferentes tipos de materiais, como papel, tecido etc., são colados um ao lado do outro ou sobrepostos, de forma a criar uma imagem composta por essas combinações.

 Ready-made: deslocamento de um objeto de seu contexto para outro, de forma a gerar estranhamento. Um exemplo é a obra de arte Fonte, de Marcel Duchamp (1887-1968), em que um mictório é deslocado de seu contexto original para ser exposto em uma galeria de arte.

 

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segunda-feira, 17 de maio de 2021

EXPRESSIONISMO

 

Surgiu em 1910, na Alemanha, a partir de um trabalho iniciado  por Van Gogh (caricatura). Valoriza a materialização, numa tela ou numa folha de papel, de imagens nascidas no mundo interior do artista, ou seja, suas sensações no momento da criação, pouco importando os conceitos de belo e feio, mas sim a liberdade expressiva.  Apresenta um enfoque contrário ao Impressionismo, que valoriza a impressão, ou seja, um movimento de fora para dentro, uma forma subjetiva de perceber a realidade

Durante e depois da Primeira Guerra, o expressionismo assumiu um caráter mais social e combativo, interessando-se pelos horrores da guerra e  pelas condições de vida desumanas das populações carentes.      

Principais propostas do expressionismo:

A ate não é imitação, mas criação subjetiva, livre,  é a expressão dos sentimentos;

A realidade que circunda o artista é horrível, por isso ele a deforma ou a elimina, criando a arte abstrata;

A razão se torna objeto de descrédito;

A arte é criada sem obstáculos convencionais, o que representa um repúdio à repressão social.

 

Características do Expressionismo

Com uma visão trágica do ser humano, muito por conta do contexto histórico da Primeira Guerra Mundial, o Expressionismo, como o próprio nome sugere, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções.

Assim, os artistas exageram e distorcem os temas em seu processo de catarse, revelando, sobretudo, o lado pessimista da vida.

Esta escola utilizou a arte enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado, fruto da sociedade moderna, industrializada.

Dessa forma, podemos destacar como importantes características desse movimento:

 - contraste e intensidade cromática;

- valorização do universo psicológico, sobretudo de sentimentos densos, como a angústia e solidão;

- dinamismo e vigor;

- técnica abrupta e "violenta" na pintura, com grossas camadas de tinta;

- valorização de temas sombrios, trágicos.

 

Estilo Expressionista

Já que compreende a deformidade do mundo real, o Expressionismo encontrou uma forma subjetiva para representar a natureza e o ser humano.

A proposta do movimento despreza a perspectiva e a luz, pois o que importa mais para esses artistas é a maneira como se sente o mundo.

É frequente a temática da miséria, solidão e loucura, pois é um reflexo do espírito da época. Por outro lado, o Expressionismo defendia a liberdade individual por meio da subjetividade e do irracionalismo.

Os temas abordados foram por vezes considerados depravados e subversivos, e buscavam conduzir o espectador à introspecção.

É interessante notar como no Expressionismo a objetividade da imagem se opõe ao subjetivismo da expressão.

Ou seja, o caráter objetivo é afastado da obra por meio da linha e da cor usadas de maneira emotiva, em formas retorcidas e agressivas.

 

Expressionismo no Brasil

No Brasil, Cândido Portinari (1903-1962) destacou-se no estilo expressionista. O artista representou intensamente em suas obras as mazelas do povo nordestino.

Além dele, Anita Malfatti (1889-1964), que na Alemanha teve contato com artistas do Expressionismo, também foi fortemente influenciada por essa corrente.

Outros nomes que beberam da mesma fonte foram:

Oswaldo Goeldi (1895-1961);

Lasar Segall (1891-1957);

Flávio de Carvalho (1899-1973);

Iberê Camargo (1914-1994).

 

Arte Expressionista

Com dito anteriormente, o Expressionismo foi um estilo artístico utilizado por diversas categorias da arte, expresso na arquitetura, escultura, pintura, literatura e música.

 

O CINEMA EXPRESSIONISTA

No cinema, as produções traziam um universo pessimista e dramático. Com cenários fantasmagóricos, atuações e caracterizações exageradas, os filmes desse período enfatizavam conflitos psicológicos das personagens.

Deixou-se de realizar esse tipo de cinema com o surgimento do nazismo na Alemanha, que partir de então apenas teve produções de propaganda do governo e entretenimento.

 

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ARTE ROMANA: ESCULTURA, ARQUITETURA, PINTURA E DANÇA

 

Para compreender a história romana é essencial analisar sua arte. A arte romana é uma rica referência para se conhecer a história dessa antiga civilização. A arte romana herdou forte inspiração dos etruscos especialmente no que diz respeito à arquitetura e urbanismo, além disso, os romanos apreciavam consideravelmente a arte grega a ponto de importarem e realizarem inúmeras cópias. No entanto a arte romana não pode ser analisada somente de acordo com a arte grega, pois expressa diferenças nas suas intenções e qualidades. Uma das áreas mais significativas da arte romana é a arquitetura que é amplamente conhecida por seus arcos e abóbadas.

Na arquitetura, diferentemente dos gregos que realizaram suas construções para morada dos deuses e menos para aglomeração de fiéis, os romanos pensaram numa arquitetura que podia ser um local de encontro dos cidadãos além de edifícios belos e majestosos. Para tanto, métodos mais eficientes foram criados.

O Coliseu é uma dessas grandes construções erguidas na Roma antiga e é considerada uma obra-prima da engenharia. O Coliseu é um anfiteatro que abrigava 50 mil espectadores e foi construído por ordem do imperador Vespasiano. Nele as características principais da arte romana - arco e abóbada - se evidenciam.

Quanto à escultura, os bustos, os monumentos e os relevos arquitetônicos são os que mais se sobressaem na sociedade romana nos espaços públicos e privados. As esculturas gregas do período helenístico sempre foram referência para os artistas romanos, porém ao longo do tempo, a escultura romana ganhou identidade própria. Suas esculturas não tinham como objetivo o ideal de beleza almejado pelos gregos, mas salientou as feições do ser humano de forma realista. Um bom exemplo é o busto “Retrato de um Romano”, onde o escultor não poupou as rugas e linhas de expressão do velho homem e soube exatamente quais linhas enfatizar com grande minúcia.

A arte romana também de destacou com a criação dos relevos arquitetônicos ou relevos narrativos. Sua principal característica comparada aos relevos gregos é uma maior preocupação em conferir uma ilusão de profundidade espacial como é possível verificar no relevo “Cortejo Imperial” criado em 13 – 9 a.c. e que faz parte do friso de Ara Pacis em Roma.

As pinturas da arte romana são menos freqüentes, além de restarem poucos exemplares. No entanto, no que diz respeito à pintura pode-se destacar os afrescos para decoração de interiores e os retratos.

 

DANÇA

Sob os Reis, do século VII ao século VI a.C., a dança era praticada como rito religioso, frequentemente de origem agrária. Um dos rituais mais conhecidos era o saliano: uma dança guerreira, praticada mais comumente na primavera, em honra de Marte (o mês do nascimento da primavera). Remetia a rituais que garantiam a perenidade de Roma, utilizando-se de escudos sagrados que eram guardados para esses eventos. Essa dança era um Tripudium, uma dança em três tempos.

 

No início da República as origens sagradas da dança já estavam esquecidas. Por isso, alguns estadistas como Cipião, Emiliano e Cícero hostilizaram e fecharam as escolas que ensinavam dança às crianças de boa família.

Porém, as danças tradicionais da velha cultura romana, como as nupciais, não morreram.

 

Durante o Império a dança voltou a ser praticada com frequência, inclusive por mulheres de classes altas, mas as danças que fizeram mais sucesso foram as dos jogos de circo. A pírrica (dança típica da Grécia Antiga) voltou a ser praticada, e os pirriquistas eram trazidos da Jônia.

 

Existiam até dançarinos famosos, como Batilo e Pílado, que eram reconhecidos por seus estilos diferentes. Mas a dança que não era mais sagrada também perdeu, além de seu sentido inicial, muitos movimentos e denotações, chegando a ter características que a aproximavam da indecência, como é o caso das danças de banquetes.

Na pintura de Pompéia no Museu de Nápoles, há um exemplo disso, de uma dançarina nua.

OBS: Os ROMANOS gostavam mesmo era de JOGOS MORTAIS. Nada de leveza, de ficção, de dança. Gostavam de lutas com mortes.


ATIVIDADE PRÁTICA:


Nós vamos criar uma representação do COLISEU da maneira mais fofa possível. Você poderá fazer isso numa folha inteira ou meia folha de papel ofício. Pode desenhar com lapis ou carvão; pode pintar usando tinta guache ou qualquer outra disponível, se você não tem alergia; pode fazer de macarrão (depois come o macarrão para não desperdiçar); pode usar massinha da irmãzinha ou do irmãozinho; enfim, o que tiver em casa. Claro que você pode usar outra superfície, que não seja papel ofício. Tendo alguém da turma já aglomerado habitualmente com você, pode fazer em dupla. Depois ESCREVE O NOME E A TURMA NO PRÓPRIO TRABALHO, fotografa e manda pra mim.

 

Liane Carvalho Oleques

Mestre em Artes Visuais (UDESC, 2010)

Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica (UFSM, 2008)

 

https://www.infoescola.com/artes/arte-romana/

 

http://ceciliabazzottihistoriadanca.blogspot.com/