A Arte Bizantina é uma arte cristã que surge no período em que o Cristianismo passa a ser reconhecido como religião.
Jesus, considerado uma
ameaça para o Império Romano, foi perseguido e morto pelos romanos. Após sua
morte, seus adeptos se escondiam em catacumbas para rezar, pois continuaram
sendo perseguidos.
Até que em 313 o imperador
Constantino outorgou o Édito de Milão, que proibia a perseguição aos cristãos
e, então, o Cristianismo começa a crescer. Surgem
assim, as igrejas cristãs e um novo estilo de arte, a Arte Bizantina.
Arte
Paleocristã e Arte Bizantina
A Arte Bizantina se contextualiza
na Arte Paleocristã, que tem origem nas expressões artísticas dos convertidos na fé em Jesus Cristo. Eram
manifestações feitas especialmente através das pinturas nas catacumbas e nos sepulcros.
A Arte Bizantina, por sua
vez, surge após a aceitação do Cristianismo e, assim, revela a exuberância de
uma arte que pretende ser vista, divulgada e que tinha como propósito instruir os devotos, neles incutindo a
devoção ao Cristianismo.
Desse modo, a Arte Bizantina
pode ser considerada o primeiro estilo
de arte cristã.
Características
e Manifestações da Arte Bizantina
Em decorrência do período
histórico, a Arte Bizantina expressa especialmente o caráter religioso.
Além disso, o imperador era
uma figura de referência sagrada uma vez que desempenhava o seu papel de governante em nome de Deus, tal como era
propagado na época.
Assim,
muitas vezes se encontra mosaicos que retratavam o imperador e sua esposa entre
Jesus e Maria.
Os
artistas da época não tinham liberdade para se expressar, não
podiam usar sua criatividade; deviam apenas cumprir com a elaboração da obra, tal como lhes era solicitado.
Podemos, dessa forma,
destacar as seguintes características da arte bizantina:
- Caráter majestoso que demonstra
poder e riqueza;
- Ligação direta com a
religião católica;
- Demonstração clara da
autoridade do imperador - ao considerá-lo sagrado;
- Frontalidade -
representação das figuras em posição frontal e rígida;
- Deste modo, Constantinopla
viu muitos dos seus artistas migrarem para o Império Romano do Ocidente, cuja
capital era Roma.
Arquitetura
Bizantina
O
imperador mandou construir igrejas onde os convertidos
pudessem se reunir para rezar.
A arquitetura se destaca
como expressão artística desse período pela construção de grandes e ricas
igrejas, na verdade basílicas, dada
a sua amplitude e riqueza expressa no revestimento
de ouro e decoração com mosaicos.
Os exemplos mais conhecidos de arquitetura da Arte Bizantina são:
- As Basílicas de Santo
Apolinário e São Vital, em Ravena;
- A Igreja de Santa Sofia,
em Istambul - obra da autoria do matemático Antêmio de Tralles e de Isidoro de
Mileto, cuja construção foi feita entre os anos 532 e 537;
- A Basílica da Natividade,
em Belém - construção ordenada pela mãe do imperador Constantino na cidade onde
Jesus nasceu. Foi construída entre os anos 327 e 333 e incendiada cerca de dois
séculos depois.
Pintura
Bizantina
A predominância dos temas
religiosos dá destaque às pinturas feitas nas igrejas.
Nessa época foi criado o ícone, uma vertente da pintura
bizantina. Ícone em grego significa imagem
e nesse contexto representavam personagens religiosas como a Virgem e Cristo,
além de santos.
Uma das técnicas bastante
utilizadas pelos pintores bizantinos foi a têmpera,
que consiste em preparar os pigmentos junto a uma goma feita de material
orgânico (como a gema de ovo) a fim de fixar melhor as cores à superfície.
Os
ícones eram encontrados sobretudo nas igrejas, entretanto era possível também
encontrá-los nos ambientes familiares, em oratórios.
Foi na Rússia que essa
expressão teve maior reconhecimento, principalmente na região de Novgorod. Foi
lá que viveu o renomado artista André Rublev, no início do século XV.
Iconoclastia
e Arte Bizantina
A pintura, todavia, não foi
muito além do contexto religioso, uma vez que no Império Bizantino surgiu um
movimento chamado de iconoclastia.
Segundos os iconoclastas,
figuras humanas não podiam ser adoradas, pois a adoração cabia apenas a Deus. De acordo com a prática monoteísta a
veneração dos santos consistia no pecado da idolatria.
Assim, para acabar com o culto a figuras humanas, o imperador proibiu a
reprodução de toda representação humana, ordenando, inclusive, a destruição das
obras artísticas que existissem nessas condições.
Mosaico
Bizantino
Os mosaicos foram bastante
destacados no período e constituem a expressão máxima da arte bizantina,
atingindo nesse momento a mais impecável realização.
Entre outras coisas, eles retratavam o imperador, bem como profetas. Eram aplicados no interior das igrejas e exibiam cores intensas e materiais nobres que refletiam a luz, concedendo suntuosidade aos templos.
Eram criados a partir de
pequenos pedaços de pedras em cores distintas, colocados sobre cimento fresco
em uma parede e que compunham, assim, um desenho.
https://www.todamateria.com.br/arte-bizantina/
ICONOCLASTA é
uma palavra de origem grega; o sufixo –CLASTA significa DESTRUIDOR. Portanto, DESTRUIDOR DE ÍCONE.
BIZÂNCIO é a
atual ISTAMBUL, na Turquia. Durante a Antiguidade e a Idade Média se chamava
CONSTANTINOPLA (cidade de Constantino).
Nenhum comentário:
Postar um comentário