Surgiu em 1910, na Alemanha, a partir de um trabalho iniciado por Van Gogh (caricatura). Valoriza a materialização, numa tela ou numa folha de papel, de imagens nascidas no mundo interior do artista, ou seja, suas sensações no momento da criação, pouco importando os conceitos de belo e feio, mas sim a liberdade expressiva. Apresenta um enfoque contrário ao Impressionismo, que valoriza a impressão, ou seja, um movimento de fora para dentro, uma forma subjetiva de perceber a realidade
Durante e depois da Primeira
Guerra, o expressionismo assumiu um caráter mais social e combativo,
interessando-se pelos horrores da guerra e
pelas condições de vida desumanas das populações carentes.
Principais
propostas do expressionismo:
A ate não é imitação, mas
criação subjetiva, livre, é a expressão
dos sentimentos;
A realidade que circunda o
artista é horrível, por isso ele a deforma ou a elimina, criando a arte
abstrata;
A razão se torna objeto de
descrédito;
A arte é criada sem
obstáculos convencionais, o que representa um repúdio à repressão social.
Características
do Expressionismo
Com uma visão trágica do ser
humano, muito por conta do contexto histórico da Primeira Guerra Mundial, o
Expressionismo, como o próprio nome sugere, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções.
Assim, os artistas exageram
e distorcem os temas em seu processo de catarse, revelando, sobretudo, o lado
pessimista da vida.
Esta escola utilizou a arte
enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado,
fruto da sociedade moderna, industrializada.
Dessa forma, podemos
destacar como importantes
características desse movimento:
- valorização do universo
psicológico, sobretudo de sentimentos densos, como a angústia e solidão;
- dinamismo e vigor;
- técnica abrupta e
"violenta" na pintura, com grossas camadas de tinta;
- valorização de temas
sombrios, trágicos.
Estilo
Expressionista
Já que compreende a
deformidade do mundo real, o Expressionismo encontrou uma forma subjetiva para
representar a natureza e o ser humano.
A proposta do movimento
despreza a perspectiva e a luz, pois o que importa mais para esses artistas é a
maneira como se sente o mundo.
É frequente a temática da miséria, solidão e loucura, pois é um
reflexo do espírito da época. Por outro lado, o Expressionismo defendia a liberdade individual por meio da subjetividade e do irracionalismo.
Os temas abordados foram por
vezes considerados depravados e
subversivos, e buscavam conduzir o espectador à introspecção.
É interessante notar como no
Expressionismo a objetividade da imagem se opõe ao subjetivismo da expressão.
Ou seja, o caráter objetivo
é afastado da obra por meio da linha e da cor usadas de maneira emotiva, em
formas retorcidas e agressivas.
Expressionismo
no Brasil
No Brasil, Cândido Portinari (1903-1962) destacou-se
no estilo expressionista. O artista representou intensamente em suas obras as mazelas do povo nordestino.
Além dele, Anita Malfatti (1889-1964), que na
Alemanha teve contato com artistas do Expressionismo, também foi fortemente
influenciada por essa corrente.
Outros nomes que beberam da mesma
fonte foram:
Oswaldo Goeldi (1895-1961);
Lasar Segall (1891-1957);
Flávio de Carvalho
(1899-1973);
Iberê Camargo (1914-1994).
Arte
Expressionista
Com dito anteriormente, o
Expressionismo foi um estilo artístico utilizado por diversas categorias da
arte, expresso na arquitetura,
escultura, pintura, literatura e música.
O
CINEMA EXPRESSIONISTA
No cinema, as produções
traziam um universo pessimista e dramático. Com cenários fantasmagóricos,
atuações e caracterizações exageradas, os filmes desse período enfatizavam
conflitos psicológicos das personagens.
Deixou-se de realizar esse
tipo de cinema com o surgimento do nazismo na Alemanha, que partir de então
apenas teve produções de propaganda do governo e entretenimento.
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