segunda-feira, 17 de maio de 2021

EXPRESSIONISMO

 

Surgiu em 1910, na Alemanha, a partir de um trabalho iniciado  por Van Gogh (caricatura). Valoriza a materialização, numa tela ou numa folha de papel, de imagens nascidas no mundo interior do artista, ou seja, suas sensações no momento da criação, pouco importando os conceitos de belo e feio, mas sim a liberdade expressiva.  Apresenta um enfoque contrário ao Impressionismo, que valoriza a impressão, ou seja, um movimento de fora para dentro, uma forma subjetiva de perceber a realidade

Durante e depois da Primeira Guerra, o expressionismo assumiu um caráter mais social e combativo, interessando-se pelos horrores da guerra e  pelas condições de vida desumanas das populações carentes.      

Principais propostas do expressionismo:

A ate não é imitação, mas criação subjetiva, livre,  é a expressão dos sentimentos;

A realidade que circunda o artista é horrível, por isso ele a deforma ou a elimina, criando a arte abstrata;

A razão se torna objeto de descrédito;

A arte é criada sem obstáculos convencionais, o que representa um repúdio à repressão social.

 

Características do Expressionismo

Com uma visão trágica do ser humano, muito por conta do contexto histórico da Primeira Guerra Mundial, o Expressionismo, como o próprio nome sugere, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções.

Assim, os artistas exageram e distorcem os temas em seu processo de catarse, revelando, sobretudo, o lado pessimista da vida.

Esta escola utilizou a arte enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado, fruto da sociedade moderna, industrializada.

Dessa forma, podemos destacar como importantes características desse movimento:

 - contraste e intensidade cromática;

- valorização do universo psicológico, sobretudo de sentimentos densos, como a angústia e solidão;

- dinamismo e vigor;

- técnica abrupta e "violenta" na pintura, com grossas camadas de tinta;

- valorização de temas sombrios, trágicos.

 

Estilo Expressionista

Já que compreende a deformidade do mundo real, o Expressionismo encontrou uma forma subjetiva para representar a natureza e o ser humano.

A proposta do movimento despreza a perspectiva e a luz, pois o que importa mais para esses artistas é a maneira como se sente o mundo.

É frequente a temática da miséria, solidão e loucura, pois é um reflexo do espírito da época. Por outro lado, o Expressionismo defendia a liberdade individual por meio da subjetividade e do irracionalismo.

Os temas abordados foram por vezes considerados depravados e subversivos, e buscavam conduzir o espectador à introspecção.

É interessante notar como no Expressionismo a objetividade da imagem se opõe ao subjetivismo da expressão.

Ou seja, o caráter objetivo é afastado da obra por meio da linha e da cor usadas de maneira emotiva, em formas retorcidas e agressivas.

 

Expressionismo no Brasil

No Brasil, Cândido Portinari (1903-1962) destacou-se no estilo expressionista. O artista representou intensamente em suas obras as mazelas do povo nordestino.

Além dele, Anita Malfatti (1889-1964), que na Alemanha teve contato com artistas do Expressionismo, também foi fortemente influenciada por essa corrente.

Outros nomes que beberam da mesma fonte foram:

Oswaldo Goeldi (1895-1961);

Lasar Segall (1891-1957);

Flávio de Carvalho (1899-1973);

Iberê Camargo (1914-1994).

 

Arte Expressionista

Com dito anteriormente, o Expressionismo foi um estilo artístico utilizado por diversas categorias da arte, expresso na arquitetura, escultura, pintura, literatura e música.

 

O CINEMA EXPRESSIONISTA

No cinema, as produções traziam um universo pessimista e dramático. Com cenários fantasmagóricos, atuações e caracterizações exageradas, os filmes desse período enfatizavam conflitos psicológicos das personagens.

Deixou-se de realizar esse tipo de cinema com o surgimento do nazismo na Alemanha, que partir de então apenas teve produções de propaganda do governo e entretenimento.

 

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